segunda-feira, 8 de agosto de 2022

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terça-feira, 21 de junho de 2022

Como usar corretamente a fonte FTCRP-22 da Companheiro.

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O saber não tem local para acontecer.

O saber não tem local para acontecer.
 
 







        Em um passeio neste sábado, dia 26 de janeiro de 2013, ao bairro de Austin no município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro, nos deparamos com algo surpreendente quando caminhávamos pela estrada Dr. Renato: uma pequena cabana, quiçá uma choupana, em uma esquina da rua repleta de livros, mesas e cadeiras.
Não resistimos àquela visão tão incomum e ficamos a vislumbrar aquele espaço, um oásis no meio do deserto que chamava a atenção tanto pela sua arquitetura singular quanto pelo espaço aberto que exalava cultura.

  Questionamos aquele simpático senhor negro que ali estava sobre o tão singular espaço, sobre de quem partiu a iniciativa daquela biblioteca comunitária, ou seja, qual era a verdadeira história por trás daquela simplória beleza. O tal senhor de nome Antonio Sacramento, descendente de negros escravos, nos disse que aquele pequeno pedaço de terreno havia sido deixado de lado por uma incorporadora imobiliária, acabando o local sendo utilizado pela população do bairro como uma lixeira. Daí começou aquele homem a mudar não só a história de sua vida, mas como a daquela comunidade que atualmente se beneficia desse espaço.
O senhor Antonio ateou fogo na lixeira a fim de limpar o terreno e, sem recursos financeiros, passou a reunir vários objetos recolhidos do lixo como eletroeletrônicos, restos de obras, pequenas peças de arte e montou aquele espaço de convivência comunitária repleto de saber. O bacana disso tudo é que todo esse lixo harmonizou de uma maneira bastante singular, trazendo uma beleza rara ao espaço.
Neste local o grupo GAFROBÁ (Grupo Afoxé AfroBahia), originário das rodas de Capoeira da Baixada Fluminense, fundado inicialmente em Belford Roxo, passou a realizar suas atividades neste novo local em Austin, sempre com muitas dificuldades mas com o pensamento voltado à melhoria de vida da população do bairro Fazenda Sossego.
Vários livros, algumas peças de arte, pouca mobília e muita simplicidade - tudo reunido com muito amor, são encontrados no local que, por ser aberto e de livre acesso (sem portas ou paredes) já foi alvo de pessoas inescrupulosas que tentaram destruir e terminar com este trabalho, furtando peças e até ateando fogo no local. Mas felizmente, a motivação deste homem foi maior do que tudo e, apesar das dificuldades encontradas no dia a dia, continua a realizar este trabalho humanitário e de divulgação da cultura em uma comunidade de pessoas simples. Seguem fotos que mostram com imagens o que eu descrevi com palavras.